quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Gestão Democrática

A educação está inserida na democracia e de tal modo apresenta-se como um elemento importante para sua efetiva concretização. Uma das formas de se constatar a relevância da educação é a sua presença como um direito garantido pela Constituição Federal. Assim sendo, a existência dessa garantia no texto constitucional estabelece a obrigatoriedade de respeito e manutenção de seu objetivo. Nesse sentido, a educação revela-se com duas faces: um direito ofertado pela democracia brasileira e um dever ao Estado Nacional, que deve proporciona-la irrestritamente aos seus cidadãos.
O Estado Brasileiro estabeleceu que a educação deve ser pública, gratuita e obrigatória. A educação escolar é constitucionalmente pública, ou seja, é um bem público por natureza. O seu exercício envolve a formalização dos direitos dos cidadãos: a garantia de cidadania. Ela tem por finalidade preparar o indivíduo para atuar em sociedade, não só profissionalmente, mas também na formação social, pela manutenção de acesso e fortalecimento da educação, e, pela melhoria da sociedade em que ele fará parte.
O fornecimento da educação deve se estender pela educação fundamental, passar pelo o ensino médio e por fim alcançar o ensino superior. Destaca-se que tais fornecimentos podem ser concedidos à iniciativa privada, sendo que em todas as suas formas (seja do ensino fundamental, médio ou superior) ocorre a regulamentação por diretrizes normativas.
  A Gestão Democrática, como a Constituição Federal de 1988 propõe que seja a Gestão da Educação Brasileira, é resultado da vontade do legislador de contribuir para o desenvolvimento desse direito e manutenção de sua ordem geradora. A democracia não se concretiza sem educação e, por outro lado, a educação sem democracia se torna doutrinação.
Em consonância ao descrito, explana-se que a Gestão Democrática encontra seus fundamentos na atual Constituição da República Federativa do Brasil, que com objetivo de tornar o ensino eficaz, estabeleceu como princípio da educação, exatamente, a gestão democrática. O Gestor educacional, nesse eixo, é o responsável pela orientação e alcance dos objetivos almejados pela comunidade escolar, passando por processos de integração ativa entre as diferentes redes de participantes do processo educacional.
Esse novo tipo de gestão da educação agrega em si a necessidade de compartilhamento e construção de um ideal de gestão educacional. Ao articular inovações que permitem a participação de toda a comunidade escolar na formulação das estruturas que guiarão as práticas de ensino e as estruturas necessárias para a sua implementação, possibilita o melhor aproveitamento das ideias, propicia o surgimento de consciências coletivas e solidárias e o aprimoramento do sistema educacional brasileiro. Tal perspectiva pode ser confirmada, quando da análise do trecho abaixo colacionado:
Logo, a gestão do projeto pedagógico é tarefa coletiva do corpo docente, liderado pelo gestor responsável, e se volta para a obtenção de um outro princípio constitucional da educação nacional que é a garantia do padrão de qualidade.[1]

  Todos os integrantes da instituição educacional se associam a proposta construída por todos, o que garante o sucesso do plano escolar, tanto no tocante a estrutura e funcionamento formal da escola, quanto no objetivo principal, que é instigar a busca do conhecimento de maneira eficiente.
Partindo-se do que foi anteriormente apresentado, pode-se sublinhar que a educação é um direito garantido pela Constituição Federal de 1988, sendo que sua implementação conecta-se diretamente à Gestão Democrática, visando uma educação, em sua completude, de qualidade. Assim sendo, por meio da vinculação de toda a comunidade escolar e possibilitando o surgimento de novas opiniões, conceitos e ideias, almeja-se sedimentar uma educação que promova um verdadeiro conhecimento sem fronteiras.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS    
CURY, C. R. J. O DIREITO À EDUCAÇÃO: Um campo de atuação do gestor educacional na escola. Disponível em: <http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/Biblioteca/jamilcury.pdf>.



[1] CURY, C. R. J. O DIREITO À EDUCAÇÃO: Um campo de atuação do gestor educacional na escola. Pág: 11. Disponível em: <http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/Biblioteca/jamilcury.pdf

Texto 1 - As perspectivas históricas e teóricas do direito à educação: conceitos e concepções, avanços e recuos.


 Os direitos humanos surgiram para garantir a integridade humana, no combate contra as atrocidades de um período entre guerras. Esses direitos difundidos e suas propostas de garantias se firmaram como um norte para a promoção de liberdades, e na afirmação de princípios para a proteção da humanidade.
 De acordo com o desenvolvimento da sociedade, os direitos se alteram e se complexificam e são incluídos no rol de defesas novos aspectos da inserção social do individuo.  As histórias dos direitos humanos podem ser compreendidas nas três fases dos paradigmas do constitucionalismo: paradigma do Estado Liberal, do Estado Social, e o do Estado Democrático.
O paradigma do Estado Liberal aponta a possibilidade dos homens como sujeitos de direitos e deveres, livres e iguais, podendo mesmo ser proprietários de bens. É a primeira vez que um ordenamento jurídico único, constituído por leis gerais e abstratas. A liberdade, nesse paradigma, é entendida como sendo a possibilidade de fazer tudo aquilo que não é proibido por lei.
No contexto do surgimento da burguesia, essa ideia de igualdade veio em contraposição à rígida hierarquia e imobilidade social e ao sistema de privilégios de castas. Resumindo, podemos dizer que o Estado, neste paradigma, deveria garantir o máximo de liberdade aos indivíduos, atuando o mínimo possível. Este paradigma, contudo, torna-se problemático, permitindo outro tipo de exploração entre os homens, que gerou para uns: acumulação de riquezas e, para outros, uma pobreza sem precedentes. Muitas lutas sociais emergem nesse contexto e, com isso, a inauguração de um novo paradigma, o do Estado Social.
Este é um novo tipo de constitucionalismo, que redefine os direitos de liberdade e igualdade, ampliando esses direitos e realocando o papel do Estado e do Direito Constitucional. Antes, a liberdade poderia ser entendida como a ausência de leis restritivas e a igualdade era meramente formal. No contexto do Estado Social, a ideia de liberdade passa a ser compreendida de uma forma mais material do que formal, por meio do reconhecimento legal das diferenças entre as pessoas e proteção do lado mais fraco das relações.
Ampliam-se neste contexto os chamados “direitos sociais coletivos”. A ideia de liberdade passa a exigir leis que reconheçam as diferenças e fragilidades entre as pessoas, e nesse contexto há a emancipação de áreas do Direito como o Direito do trabalho, da previdência social, entre outros. A noção de propriedade também sofre alteração e passa a ser vista como condicionada a uma função social, não mais como Direito absoluto.
O Estado, de certa forma, assume um papel de protetor dos cidadãos menos favorecidos. Passa-se a exigir direitos, como acesso à educação, saúde, cultura, trabalho . O Estado Social promete acesso à cidadania. Entretanto, a maneira como ele atua frente às necessidades sociais não promove a cidadania. Essa é a crítica que surge à esse paradigma. Um estado paternalista não produz cidadania, mas sim “clientes” e, paternalizando-os, retira sua capacidade de decidir, tomar frente democraticamente frente às políticas públicas.
O terceiro paradigma constitucional é o do Estado Democrático de Direito. A cidadania passa a ser entendida como processo, como participação efetiva. Surgem outros ramos do Direito, como o direito ambiental, o direito do consumidor etc. São direitos que se relacionam com a proteção dos chamados “interesses difusos”.
A sociedade passa a se organizar em prol de interesses públicos. Em muitos casos a sociedade civil se organiza em prol dos interesses difusos. E em meio a essas reivindicações reaparece o direito à educação. Nesse momento, houve um avanço no desejo pela educação. A Educação de qualidade que promova o desenvolvimento pleno da intelectualidade humana, de qualidade e de acesso a todos.
O direito à educação já se encontra expresso na Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, escrita no século XVIII. Contudo, no Brasil, nesse mesmo período, esse direito não era garantido de forma a atender as determinações da Declaração.  Educação era privilégio de um pequeno grupo pertencente à elite latifundiária. Essa configuração influenciou o cenário da educação do Brasil no presente e contra essas estruturas que o estado social de direitos visa lutar e fortalecer o acesso ao ensino de qualidade nos diferentes níveis de educação.
A educação se apresenta hoje como princípio irrestrito, que deve garantir a todos, independente de raça, credo, gênero. Conduto, há muito que precisa ser feito para que esse princípio se torne realidade a todo. Estabelecer a garantia da educação significa reestruturar a ordem do funcionamento social, combater injustiças e promover o desenvolvimento da sociedade.
No Brasil, o debate se estabelece inicialmente sobre como o direito à educação deve ser entendido e predominam duas linhas: os que se baseiam na teoria do capital humano e a os que se baseiam na teoria crítica. A teoria do capital humano se baseia na capacitação do individuo para atuar no mercado de trabalho, visão que está ancorada nas teorias neoliberais econômicas. Já a teoria critica aponta para a importância de conjugar a multilateralidade das realidades sociais na formação educacional e formar indivíduos conscientes na promoção da democracia e da própria educação.
Garantir a educação para todos não significa somente construir escolas, envolve a existência de escolas acessíveis, inclusivas e de qualidade para todos.  A formulação da transmissão de educação deve assegurar a permanência do estudante na escola, além de garantir a democracia como formulador e desenvolvedor da educação.
A educação engloba todas as relações sociais que o individuo constituirá no decorrer de seu desenvolvimento. Dessa forma, a educação se encontra na família, na escola, no trabalho em toda e qualquer forma de manifestação cultural e social, assim como nas organizações da sociedade civil. A Constituição brasileira, ao definir a gestão democrática da educação, se mostrou favorável à teoria crítica e com isso se apresentam os desafios para concretizar esse ideal.
A gestão democrática é uma estrutura fundamental para a concretização dos desafios da educação presentes na realidade brasileira.  As bases dessa gestão tem que se estabelecer no processo político da comunidade escolar em prol do desenvolvimento da educação. A política, nesse contexto, se difere daquela que faz leis nas casas legislativas, a marcante política institucionalizada reconhecida pelo entendimento leigo. No ambiente escolar, ela se amplia e passa a compreender todos os agentes, que em conjunto, se empenham para desenvolver e aprimorar a educação. Por tanto, para que o direito humano à educação se concretize de forma efetiva é necessária a implementação da gestão democrática no sistema educacional brasileiro. 


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEVEDO, J. O Estado, a política educacional e a regulação do setor educação no Brasil: uma abordagem histórica. In: FERREIRA, N. S. C.; AGUIAR, M. A. da S. (orgs.) Gestão da educação: impasses, perspectivas e compromissos. São Paulo: Cortez, 2004.
COMPARATO, F. K. Comentário ao capítulo 14 da declaração universal dos direitos humanos. Disponível aqui.
CURY, C. R. J. O direito à educação: um campo de atuação do gestor. Brasília: Ministério da Educação, 2006.
HOBSBAWM, E. Mundos do trabalho. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1987

SOUZA, Ângelo Ricardo de. Explorando e construindo um conceito de gestão escolar democrática. Educ. rev.,  Belo Horizonte,  v. 25,  n. 3, Dec.  2009 .   Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982009000300007&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 06 de agosto de  2013. 

Currículo escolar, PCN e DCN

A definição do currículo escolar deve ir além dos sumários presentes nos livros, ou do estrito cumprimento das determinações advindas da secretaria de educação da região, pois a construção de um currículo assim desconsidera as particularidades de cada escola e da comunidade que ela integra.
Um currículo formulado observando as particularidades escolares e as diretrizes e os parâmetros curriculares acrescenta qualidade ao ensino, optar por um ou por outra forma de currículo depende do contexto social de cada escola.
Dessa forma, a equipe gestora deve implementar na escolar um currículo que consiga adequar a realidade da comunidade escolar tanto às determinações da secretaria de educação, quanto as Diretrizes Curriculares Nacionais de educação e também, gerenciar a aplicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais.
 Nessa construção, todas as escolas têm um campo uniforme estabelecida nacionalmente pela União, que é a Base Nacional Comum, e a Parte Diversificada, em que dá liberdade para a gestão escolar incluir as particularidades que melhor atendam as necessidades sociais e educacionais da comunidade.
Segundo o Portal do Ministério da Educação, os Parâmetros Curriculares Nacionais são diretrizes separadas para cada disciplina. Criados em 1997, são uma base provisória até que seja implementada a Diretriz Curricular para o período em que a escola atua. Formulados objetivando o aperfeiçoamento do processo de aprendizagem junto ao currículo escolar, eles orientam e auxiliam nas práticas da escola.
Já as Diretrizes Curriculares Nacionais se configuram como um conjunto de normas que contam com a participação maciça da sociedade civil em sua formulação, e guiam a construção do currículo de forma obrigatória. Elas estabelecem quais serão os princípios seguidos em currículo adequado a cada comunidade escolar, assim como os conteúdos básicos que devem ser seguidos e orientações de implementação.  
A escola em que atuo segue as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação básica.  O currículo é formulado de acordo com as DCNs e respeita as determinações básicas indicadas para cada área temática. Nosso currículo está separado por áreas temáticas, visando uma interdisciplinaridade e transversalidade de conhecimentos, assim como orienta a DNC para a educação básica.
São elaboradas provas conjuntas e interdisciplinares que abordam assuntos da atualidade e que envolvem todas as áreas temáticas e forçam as(o) estudantes a pensarem de forma global e inclusiva sobre tudo que aprende dentro e fora das salas de aula.
 Eles estabelecem a interdisciplinaridade e a transversalidades entre as várias áreas do saber, de forma que o conhecimento apreendido em uma matéria também possa ser utilizado e aprimorado em outra.
Os trabalhos da equipe gestora, os coordenadores e professores, caminham ao encontro da perpetuação da democracia com a inclusão da comunidade escolar na construção do projeto político pedagógico da escola, assim, como estabelece a lei 4751/2012 do Distrito Federal.   

  Todos os integrantes da instituição educacional se associam a proposta construída por todos, o que garante o sucesso do plano escolar, tanto no tocante a estrutura e funcionamento formal da escola, quanto no objetivo principal, que é instigar a busca do conhecimento de maneira eficiente. 

sábado, 6 de julho de 2013

Fichamento 2 - Gestão de tecnologias na escola

Francisca de Sales Lima

ALMEIDA. Maria Elizabeth Bianconcini de. Gestão de tecnologias na escola. Formação de gestores escolares ara uso das tecnologias da informação e comunicação. Texto digital. Disponível em < http://www.eadconsultoria.com.br/matapoio/biblioteca/textos_pdf/texto22.pdf > acesso em 6 de julho de 2013.  
 
1)      RESUMO

A tecnologia, num primeiro momento, foi inserida no ambiente escolar com o objetivo de auxiliar na organização da administração. Aos pouco, foi observada a sua funcionalidade, também para dentro da sala de aula. Essa progressiva irradiação de informações promoveu a percepção de que a tecnologia é uma peça importante para a ampliação do conhecimento. Ela permita a atualização em tempo real das informações e principalmente, a criação e estabelecimento de redes cooperativas, que amplia a sala de aula gerando círculo colaborativo de ensino e aprendizagem.   
Contudo, é imprescindível viabilizar a eficácia das TICs como colaboradoras na escola. Almeida aponta que para que essa meta se concretize é necessário aprimorar a qualidade da interação. Essa interação deve ser iniciada pela capacitação continua de quem irá passar a informação diretamente ao aluno, no caso, os professores. A partir daí, os docentes serão inseridos nas regras da tecnologia e saberão como utiliza-las tanto dentro da sala de aula como fora. A tecnologia se apresentará como ferramenta importante para a identificação, analise e resolução de obstáculos. 
Segundo Almeida, capacitar os professores é solucionar somente um lado da questão. A inserção das TCIs também esbarra na falta de condições estruturais das escolas e na falta de conhecimento dos gestores escolares para a questão tecnológica. Esses dois pontos impedem que as TCIs contribuam para o desenvolvimento da gestão democrática e consequentemente, interfere na desenvoltura da metodologia de ensino e aprendizagem.
Almeida aponta que o meio escolar que implementa a gestão democrática possui mais chances de ter a tecnologia incorporada e sendo utilizada como ferramenta eficaz para a  melhoria da instituição. As TCIs necessitam de um ambiente em que todos participem e se sintam integrados, desse modo a corrente de informações caminha pelos diferentes níveis escolares, desde o ponto da funcionalidade pedagógica da tecnologia até a sua utilização pela equipe gestora.
 O gestor e sua equipe, por tanto, são peças fundamentais nesse cenário. Eles também devem ser capacitados para que possam atuar na promoção da tecnologia dentro das escolas.  Visando a formação desse público, foram desenvolvidas redes colaborativas, que são ambientes virtuais de capacitação continuada à distância que abrem espaço para troca de experiências e informações. 
Nessas redes os participantes são envolvidos por várias alternativas de aprendizagens. Há a troca permanente de informações, pois cada um apresenta seu posicionamento sobre um ponto em questão e também lê o que o outro apreendeu sobre o assunto. Dessa forma, todos se tornam emissores e receptores nesse círculo de conhecimento. 
Para que o ambiente escolar se desenvolva plenamente é importa a integração das TICs no cenário educacional. Para que isso ocorra, tanto os gestores quanto os educadores se tornam responsáveis. Eles devem procurar as diversas ferramentas de formação continuada colaborativa disponíveis para que se capacitem e estejam mais preparados para a criação do fluxo continuo de ensino e aprendizagem de acordo com as necessidades da escola.

2)      CITAÇÕES PRINCIPAIS DO TEXTO:
 “Criam-se possibilidades de redimensionar o espaço escolar, tornando-o aberto e flexível, propiciando a gestão participativa, o ensino e a aprendizagem em um processo colaborativo, no qual professores e alunos trocam informações e experiências entre eles e entre as outras pessoas que atuam no interior da escola, bem como com outros agentes externos.” ( p.1)
“O fator primordial para a criação de comunidades e culturas colaborativas de aprendizagem, intercâmbio e colaboração é a qualidade da interação, quer presencial ou a distância, cuja criação poderá viabilizar-se a partir da formação continuada e em serviço do educador.” (p.2)
“Outras dificuldades se fazem presentes, as quais se relacionam tanto com a ausência de condições físicas, materiais e técnicas adequadas, quanto com a postura os dirigentes escolares, pouco familiarizados com a questão tecnológica.” (p.4)
“O papel do gestor não é apenas o de prover condições para o uso efetivo das TIC em sala de aula, e sim que a gestão das TIC na escola implica gestão pedagógica e administrativa do sistema tecnológico e informacional” (p.5)
“Em um ambiente virtual de aprendizagem, cada pessoa tem a oportunidade de percorrer distintos caminhos, os nós e as conexões existentes entre informações, textos e imagens; criar novas conexões, ligar contextos, mídias e recursos. (p.6)”
 “Anuncia-se um novo tempo, cabendo a cada educador, seja gestor ou professor, participar de processos de formação continuada e em serviços que criam a oportunidade de formação de redes colaborativas de aprendizagem apoiadas em ambientes virtuais para encontrar, no coletivo da escola, o caminho evolutivo mais condizente e promissor de acordo com a identidade da escola e com o contexto em que se encontra inserida.” (p.10)

3)      COMENTÁRIOS:
Como Almeida aponta, é importante que os gestores estejam tão capacitados e comprometidos com a inserção das TCIs no contexto escolar quanto os professores, que lidaram diretamente com a transmissão de informações aos alunos.
            A formação de redes colaborativas de ensino e aprendizagem é uma das vantagens que a tecnologia pode levar para dentro das escolas. Essas redes também podem ser utilizadas pela equipe educacional para a sua própria capacitação. Por isso forma criadas as plataformas virtuais de formação, que são um importante instrumento para familiarizar a equipe da escola com as funcionalidades da tecnologia.
            A postura comprometida do educador e do gestor, nesse ambiente, será decisiva para o bom aproveitamento das informações adquiridas, pois nesses ambientes cada um segue por caminhos distintos de acordo com o seu ritmo e se não houver  disciplina e postura receptiva, o participante não aproveitará todas os benefícios da aprendizagem colaborativa.


4)      QUESTIONAMENTOS:

Tendo conhecimento da importância das TCIs para o ambiente escolar, será o gestor capaz de agir em prol da reestruturação do sistema educacional de maneira efetiva? 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Fichamento 1 - Funções e papéis da tecnologia na gestão escolar.

Francisca de Sales Lima



VIEIRA, Alexandre Thomaz. Funções e papéis da tecnologia na gestão escolar. Formação de gestores escolares ara uso das tecnologias da informação e comunicação. Texto digital. Disponível em <http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/Professor_Pedro/_Texto_2_-VIEIRA_A._T._Funcoes_e_papeis_da_tecnologia.pdf> acesso em 25 de junho de 2013.  

1)      RESUMO
A tecnologia já está presente no cotidiano escolar. É possível reconhecê-la desde as tarefas mais operacionais do ambiente escolar, quanto em situações em que ela se insere no circuito da transmissão de informações e passa a fazer parte das aulas.   Relacionada à aplicação de suas funcionalidades se encontra a dificuldade em ajustar o corpo gerenciador a elas. Alexandre Vieira aponta que expor que a tecnologia também possui vantagens à equipe de coordenação escolar se configura como um desafio a ser superado.  
                 Ele afirma que para que a tecnologia possa se tornar ferramenta auxiliadora de toda a escola é necessário que se saiba como ela pode ser útil dentro dela. É indispensável capacitar a equipe para que ela conheça as funcionalidades da tecnologia. Objetivando alcançar esse objetivo, é necessário estabelecer qual será a ferramenta capaz para resolver essa questão.
O autor coloca que se deve definir três pontos fundamentais - o que é dado, informação e conhecimento - para que assim seja possível encontrar a opção que melhor solucione o problema apresentado.  Para Vieira, dados são conjuntos de episódios descritivos de um evento. Já informação é definida por ele com mensagem e conhecimento como o resultado do processamento interpretativo das informações.
Os dados individualmente não transmitem muito sobre o que se procura compreender, são peças do quebra cabeça que precisam ser montados, e quando completado se transforma em informação. Para que haja a transmutação dos dados em informação, e ela possa ser considerada por quem irá recebê-la, é imprescindível que ela tenha sentido, afirma Vieira.
Alexandre Vieira afirma que a transformação dos dados em informações se dá pelo encadeamento de passos analíticos, dentre eles o autor cita: a contextualização, o meio no qual ela se refere e insere; a categorização, que é a definição de quais são os elementos formadores dos dados; o cálculo, a forma de análise dos dados; a correção, momento em que as incorreções são eliminadas e a condensação, que é a organização dos dados.
                As informações quando são digeridas pela mente humana se tornam conhecimento. O autor explana que a capacidade de assimilar a informação é que a transforma em conhecimento. Esse processo se dá em quatro etapas: a comparação, que é a analogia feita entre um caso conhecido e um novo; consequência, qual a possibilidade de os resultados previsíveis que influenciarem na tomada de decisão; conexão, como se dá a relação entre a bagagem anterior e esse novo conhecimento e por fim , a conversação, a troca de percepções sobre a nova informação entre todos aqueles que a receberam.
                O conhecimento também chega à comunidade escolar pelo estudo do cotidiano educacional. Vieira aponta que a escola pode se transformar em um grande laboratório social, em que a alteração de alguns elementos do conjunto e a reação a eles pode contribuir para a assimilação de conhecimentos ao grupo todo. Ou seja, o conhecimento pode ser transferido pelo convívio com o elemento inovador de conhecimento e aqueles que ainda não o possuem. 
            O autor afirma que tendo esses pontos bem estabelecidos no planejamento do sistema educacional, se torna possível apresentar soluções para a questão inicial: como apresentar a tecnologia como aliada da gestão escolar? Vieira frisa a importância de implementar a informatização do meio para que se possa analisar com mais segurança o que acontece dentro do sistema escolar.
 Contudo, o autor ressalta que essa informatização precisa se atentar para alguns pontos, que são de extrema importância para aprimorar a tomada de decisão e se chegar à resolução dos problemas. Primeiramente, deve se ter um panorama de quais são as informações que importam para o fenômeno em questão. Estabelecer um plano-piloto com objetivos claros e que ajam multifacetadamente e conectados entre si também é importante para o sucesso do projeto.
Quando se identifica um problema, aponta Vieira, ele deve ser estudado e ter um plano de contingência rapidamente aplicado, para que se evite que ele se torne um irradiador de dificuldades. E por último, implementar a gestão democrática, com toda  equipe gestora participante da tomada de decisões e unida na resolução de conflitos dentro do sistema educacional.
 O autor explana que para aliar a tecnologia e a gestão educacional é importante analisar a instituição como um todo que funciona interligadamente. Dessa forma, se torna imprescindível considerar a organização que já existe na escola e estimular o desenvolvimento do conhecimento através da rotina escolar, sempre incentivando e propiciando ambiente para que haja o desenvolvimento da equipe, que não será possível sem a implementação de uma gestão democrática.

2) CITAÇÕES PRINCIPAIS DO TEXTO:
“Mas o grande problema em foco da gestão escolar é saber como a tecnologia pode ser um grande aliado da equipe de direção e coordenação da escola.” (p.1).
“Computadores podem ser grandes aliados dos gestores na transformação de dados em informações. No entanto, raramente podem ajudá-los no que se refere ao contexto que permite dar um sentido aos dados; ficam também para nós a função de definir os aspectos relativos à categorização, ao cálculo e à condensação dos dados.” (p.3).
“Enfim, conhecimentos derivam de informações, da mesma maneira que informações, derivam de dados. A capacidade de transformar informação em conhecimento não pode ser realizada por uma máquina, sem a interferência da mente humana, isto é, tal capacidade é exclusivamente humana.” (p.4)
“Então, se pretendemos ter um ambiente com tecnologia em que o conhecimento possa fluir constantemente, temos que criar condições para que um determinado conhecimento possa ser acessado (...).” (p.5).
“Tudo isso aponta para a necessidade de clareza e coesão da equipe sobre os objetivos pretendidos pela organização.” (p.8)

3) COMENTÁRIOS:
Pelo o que foi percebido no texto, a tecnologia veio para mudar, é o que chamamos de revolução. Quando bem aplicada se torna uma aliada em todos os trabalhos, pois dá agilidade aos projetos. Os trabalhos começam a tomar forma e se percebe a utilidade do uso das TIs.
Como aponta Alexandre Vieira, a equipe gestora precisa ver as vantagens da tecnologia não só para complementar o aprendizado em sala de aula, mas também para com aprimorar o desenvolvimento da instituição.
A tecnologia pode ser uma ferramenta fundamental na identificação e na resolução de problemas. Mas para que ela se torne realmente útil é necessário que se tenha noção de como ela pode ser utilizada.  Também se apresenta como indispensável a postura da equipe, que deve se mostrar ativa na recepção do novo conhecimento e com empenho efetivo para coloca-lo em prática.
Um ponto relevante citado no texto de Vieira é a necessidade da gestão democrática, aquela em que toda a equipe participe do processo de tomada de decisão e trabalhe junta na resolução de conflitos. Dessa forma, a transmissão de conhecimentos se irradia com maior eficaz no meio escolar, a equipe toda se sentirá motivada com a visualização dos resultados de um trabalho produzido em equipe.  
Com uma equipe que trabalha em conjunto, a tecnologia pode ter muito mais campo para auxiliar na instituição. Como afirma Vieira, o conhecimento também pode ser apreendido pelo cotidiano, pela convivência e observação. Assim, com a implementação de um ambiente informatizado, aqueles que já dominam as ferramentas se tornam fontes de conhecimento para os outros da equipe, e com o compartilhamento de informações será mais fácil analisa-las e transformar o ambiente.
Não se pode negar uma necessidade de formação das pessoas envolvidas direta e indiretamente com o dia a dia dos trabalhos dentro e fora do ambiente escolar. As informações transmitidas se tornam mais entendidas e se transforma em conhecimento.
O Sistema Educacional precisa se informatizar e para que isso aconteça é necessário investir na formação das pessoas envolvidas. Como meio trabalhado é uma instituição escolar, a responsabilidade maior recai sobre o gestor por estar à frente do trabalho, com a missão de, juntamente com sua equipe gestora, alcançar os objetivos almejados.

4) QUESTIONAMENTOS:
Levando em consideração o que foi trabalhado no texto de Vieira, como é possível utilizar a tecnologia como ferramenta auxiliadora da equipe gestora se ainda não há um conhecimento de como essas ferramentas podem ser uteis para a investigação e resolução das dificuldades?