sábado, 6 de julho de 2013

Fichamento 2 - Gestão de tecnologias na escola

Francisca de Sales Lima

ALMEIDA. Maria Elizabeth Bianconcini de. Gestão de tecnologias na escola. Formação de gestores escolares ara uso das tecnologias da informação e comunicação. Texto digital. Disponível em < http://www.eadconsultoria.com.br/matapoio/biblioteca/textos_pdf/texto22.pdf > acesso em 6 de julho de 2013.  
 
1)      RESUMO

A tecnologia, num primeiro momento, foi inserida no ambiente escolar com o objetivo de auxiliar na organização da administração. Aos pouco, foi observada a sua funcionalidade, também para dentro da sala de aula. Essa progressiva irradiação de informações promoveu a percepção de que a tecnologia é uma peça importante para a ampliação do conhecimento. Ela permita a atualização em tempo real das informações e principalmente, a criação e estabelecimento de redes cooperativas, que amplia a sala de aula gerando círculo colaborativo de ensino e aprendizagem.   
Contudo, é imprescindível viabilizar a eficácia das TICs como colaboradoras na escola. Almeida aponta que para que essa meta se concretize é necessário aprimorar a qualidade da interação. Essa interação deve ser iniciada pela capacitação continua de quem irá passar a informação diretamente ao aluno, no caso, os professores. A partir daí, os docentes serão inseridos nas regras da tecnologia e saberão como utiliza-las tanto dentro da sala de aula como fora. A tecnologia se apresentará como ferramenta importante para a identificação, analise e resolução de obstáculos. 
Segundo Almeida, capacitar os professores é solucionar somente um lado da questão. A inserção das TCIs também esbarra na falta de condições estruturais das escolas e na falta de conhecimento dos gestores escolares para a questão tecnológica. Esses dois pontos impedem que as TCIs contribuam para o desenvolvimento da gestão democrática e consequentemente, interfere na desenvoltura da metodologia de ensino e aprendizagem.
Almeida aponta que o meio escolar que implementa a gestão democrática possui mais chances de ter a tecnologia incorporada e sendo utilizada como ferramenta eficaz para a  melhoria da instituição. As TCIs necessitam de um ambiente em que todos participem e se sintam integrados, desse modo a corrente de informações caminha pelos diferentes níveis escolares, desde o ponto da funcionalidade pedagógica da tecnologia até a sua utilização pela equipe gestora.
 O gestor e sua equipe, por tanto, são peças fundamentais nesse cenário. Eles também devem ser capacitados para que possam atuar na promoção da tecnologia dentro das escolas.  Visando a formação desse público, foram desenvolvidas redes colaborativas, que são ambientes virtuais de capacitação continuada à distância que abrem espaço para troca de experiências e informações. 
Nessas redes os participantes são envolvidos por várias alternativas de aprendizagens. Há a troca permanente de informações, pois cada um apresenta seu posicionamento sobre um ponto em questão e também lê o que o outro apreendeu sobre o assunto. Dessa forma, todos se tornam emissores e receptores nesse círculo de conhecimento. 
Para que o ambiente escolar se desenvolva plenamente é importa a integração das TICs no cenário educacional. Para que isso ocorra, tanto os gestores quanto os educadores se tornam responsáveis. Eles devem procurar as diversas ferramentas de formação continuada colaborativa disponíveis para que se capacitem e estejam mais preparados para a criação do fluxo continuo de ensino e aprendizagem de acordo com as necessidades da escola.

2)      CITAÇÕES PRINCIPAIS DO TEXTO:
 “Criam-se possibilidades de redimensionar o espaço escolar, tornando-o aberto e flexível, propiciando a gestão participativa, o ensino e a aprendizagem em um processo colaborativo, no qual professores e alunos trocam informações e experiências entre eles e entre as outras pessoas que atuam no interior da escola, bem como com outros agentes externos.” ( p.1)
“O fator primordial para a criação de comunidades e culturas colaborativas de aprendizagem, intercâmbio e colaboração é a qualidade da interação, quer presencial ou a distância, cuja criação poderá viabilizar-se a partir da formação continuada e em serviço do educador.” (p.2)
“Outras dificuldades se fazem presentes, as quais se relacionam tanto com a ausência de condições físicas, materiais e técnicas adequadas, quanto com a postura os dirigentes escolares, pouco familiarizados com a questão tecnológica.” (p.4)
“O papel do gestor não é apenas o de prover condições para o uso efetivo das TIC em sala de aula, e sim que a gestão das TIC na escola implica gestão pedagógica e administrativa do sistema tecnológico e informacional” (p.5)
“Em um ambiente virtual de aprendizagem, cada pessoa tem a oportunidade de percorrer distintos caminhos, os nós e as conexões existentes entre informações, textos e imagens; criar novas conexões, ligar contextos, mídias e recursos. (p.6)”
 “Anuncia-se um novo tempo, cabendo a cada educador, seja gestor ou professor, participar de processos de formação continuada e em serviços que criam a oportunidade de formação de redes colaborativas de aprendizagem apoiadas em ambientes virtuais para encontrar, no coletivo da escola, o caminho evolutivo mais condizente e promissor de acordo com a identidade da escola e com o contexto em que se encontra inserida.” (p.10)

3)      COMENTÁRIOS:
Como Almeida aponta, é importante que os gestores estejam tão capacitados e comprometidos com a inserção das TCIs no contexto escolar quanto os professores, que lidaram diretamente com a transmissão de informações aos alunos.
            A formação de redes colaborativas de ensino e aprendizagem é uma das vantagens que a tecnologia pode levar para dentro das escolas. Essas redes também podem ser utilizadas pela equipe educacional para a sua própria capacitação. Por isso forma criadas as plataformas virtuais de formação, que são um importante instrumento para familiarizar a equipe da escola com as funcionalidades da tecnologia.
            A postura comprometida do educador e do gestor, nesse ambiente, será decisiva para o bom aproveitamento das informações adquiridas, pois nesses ambientes cada um segue por caminhos distintos de acordo com o seu ritmo e se não houver  disciplina e postura receptiva, o participante não aproveitará todas os benefícios da aprendizagem colaborativa.


4)      QUESTIONAMENTOS:

Tendo conhecimento da importância das TCIs para o ambiente escolar, será o gestor capaz de agir em prol da reestruturação do sistema educacional de maneira efetiva? 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Fichamento 1 - Funções e papéis da tecnologia na gestão escolar.

Francisca de Sales Lima



VIEIRA, Alexandre Thomaz. Funções e papéis da tecnologia na gestão escolar. Formação de gestores escolares ara uso das tecnologias da informação e comunicação. Texto digital. Disponível em <http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/Professor_Pedro/_Texto_2_-VIEIRA_A._T._Funcoes_e_papeis_da_tecnologia.pdf> acesso em 25 de junho de 2013.  

1)      RESUMO
A tecnologia já está presente no cotidiano escolar. É possível reconhecê-la desde as tarefas mais operacionais do ambiente escolar, quanto em situações em que ela se insere no circuito da transmissão de informações e passa a fazer parte das aulas.   Relacionada à aplicação de suas funcionalidades se encontra a dificuldade em ajustar o corpo gerenciador a elas. Alexandre Vieira aponta que expor que a tecnologia também possui vantagens à equipe de coordenação escolar se configura como um desafio a ser superado.  
                 Ele afirma que para que a tecnologia possa se tornar ferramenta auxiliadora de toda a escola é necessário que se saiba como ela pode ser útil dentro dela. É indispensável capacitar a equipe para que ela conheça as funcionalidades da tecnologia. Objetivando alcançar esse objetivo, é necessário estabelecer qual será a ferramenta capaz para resolver essa questão.
O autor coloca que se deve definir três pontos fundamentais - o que é dado, informação e conhecimento - para que assim seja possível encontrar a opção que melhor solucione o problema apresentado.  Para Vieira, dados são conjuntos de episódios descritivos de um evento. Já informação é definida por ele com mensagem e conhecimento como o resultado do processamento interpretativo das informações.
Os dados individualmente não transmitem muito sobre o que se procura compreender, são peças do quebra cabeça que precisam ser montados, e quando completado se transforma em informação. Para que haja a transmutação dos dados em informação, e ela possa ser considerada por quem irá recebê-la, é imprescindível que ela tenha sentido, afirma Vieira.
Alexandre Vieira afirma que a transformação dos dados em informações se dá pelo encadeamento de passos analíticos, dentre eles o autor cita: a contextualização, o meio no qual ela se refere e insere; a categorização, que é a definição de quais são os elementos formadores dos dados; o cálculo, a forma de análise dos dados; a correção, momento em que as incorreções são eliminadas e a condensação, que é a organização dos dados.
                As informações quando são digeridas pela mente humana se tornam conhecimento. O autor explana que a capacidade de assimilar a informação é que a transforma em conhecimento. Esse processo se dá em quatro etapas: a comparação, que é a analogia feita entre um caso conhecido e um novo; consequência, qual a possibilidade de os resultados previsíveis que influenciarem na tomada de decisão; conexão, como se dá a relação entre a bagagem anterior e esse novo conhecimento e por fim , a conversação, a troca de percepções sobre a nova informação entre todos aqueles que a receberam.
                O conhecimento também chega à comunidade escolar pelo estudo do cotidiano educacional. Vieira aponta que a escola pode se transformar em um grande laboratório social, em que a alteração de alguns elementos do conjunto e a reação a eles pode contribuir para a assimilação de conhecimentos ao grupo todo. Ou seja, o conhecimento pode ser transferido pelo convívio com o elemento inovador de conhecimento e aqueles que ainda não o possuem. 
            O autor afirma que tendo esses pontos bem estabelecidos no planejamento do sistema educacional, se torna possível apresentar soluções para a questão inicial: como apresentar a tecnologia como aliada da gestão escolar? Vieira frisa a importância de implementar a informatização do meio para que se possa analisar com mais segurança o que acontece dentro do sistema escolar.
 Contudo, o autor ressalta que essa informatização precisa se atentar para alguns pontos, que são de extrema importância para aprimorar a tomada de decisão e se chegar à resolução dos problemas. Primeiramente, deve se ter um panorama de quais são as informações que importam para o fenômeno em questão. Estabelecer um plano-piloto com objetivos claros e que ajam multifacetadamente e conectados entre si também é importante para o sucesso do projeto.
Quando se identifica um problema, aponta Vieira, ele deve ser estudado e ter um plano de contingência rapidamente aplicado, para que se evite que ele se torne um irradiador de dificuldades. E por último, implementar a gestão democrática, com toda  equipe gestora participante da tomada de decisões e unida na resolução de conflitos dentro do sistema educacional.
 O autor explana que para aliar a tecnologia e a gestão educacional é importante analisar a instituição como um todo que funciona interligadamente. Dessa forma, se torna imprescindível considerar a organização que já existe na escola e estimular o desenvolvimento do conhecimento através da rotina escolar, sempre incentivando e propiciando ambiente para que haja o desenvolvimento da equipe, que não será possível sem a implementação de uma gestão democrática.

2) CITAÇÕES PRINCIPAIS DO TEXTO:
“Mas o grande problema em foco da gestão escolar é saber como a tecnologia pode ser um grande aliado da equipe de direção e coordenação da escola.” (p.1).
“Computadores podem ser grandes aliados dos gestores na transformação de dados em informações. No entanto, raramente podem ajudá-los no que se refere ao contexto que permite dar um sentido aos dados; ficam também para nós a função de definir os aspectos relativos à categorização, ao cálculo e à condensação dos dados.” (p.3).
“Enfim, conhecimentos derivam de informações, da mesma maneira que informações, derivam de dados. A capacidade de transformar informação em conhecimento não pode ser realizada por uma máquina, sem a interferência da mente humana, isto é, tal capacidade é exclusivamente humana.” (p.4)
“Então, se pretendemos ter um ambiente com tecnologia em que o conhecimento possa fluir constantemente, temos que criar condições para que um determinado conhecimento possa ser acessado (...).” (p.5).
“Tudo isso aponta para a necessidade de clareza e coesão da equipe sobre os objetivos pretendidos pela organização.” (p.8)

3) COMENTÁRIOS:
Pelo o que foi percebido no texto, a tecnologia veio para mudar, é o que chamamos de revolução. Quando bem aplicada se torna uma aliada em todos os trabalhos, pois dá agilidade aos projetos. Os trabalhos começam a tomar forma e se percebe a utilidade do uso das TIs.
Como aponta Alexandre Vieira, a equipe gestora precisa ver as vantagens da tecnologia não só para complementar o aprendizado em sala de aula, mas também para com aprimorar o desenvolvimento da instituição.
A tecnologia pode ser uma ferramenta fundamental na identificação e na resolução de problemas. Mas para que ela se torne realmente útil é necessário que se tenha noção de como ela pode ser utilizada.  Também se apresenta como indispensável a postura da equipe, que deve se mostrar ativa na recepção do novo conhecimento e com empenho efetivo para coloca-lo em prática.
Um ponto relevante citado no texto de Vieira é a necessidade da gestão democrática, aquela em que toda a equipe participe do processo de tomada de decisão e trabalhe junta na resolução de conflitos. Dessa forma, a transmissão de conhecimentos se irradia com maior eficaz no meio escolar, a equipe toda se sentirá motivada com a visualização dos resultados de um trabalho produzido em equipe.  
Com uma equipe que trabalha em conjunto, a tecnologia pode ter muito mais campo para auxiliar na instituição. Como afirma Vieira, o conhecimento também pode ser apreendido pelo cotidiano, pela convivência e observação. Assim, com a implementação de um ambiente informatizado, aqueles que já dominam as ferramentas se tornam fontes de conhecimento para os outros da equipe, e com o compartilhamento de informações será mais fácil analisa-las e transformar o ambiente.
Não se pode negar uma necessidade de formação das pessoas envolvidas direta e indiretamente com o dia a dia dos trabalhos dentro e fora do ambiente escolar. As informações transmitidas se tornam mais entendidas e se transforma em conhecimento.
O Sistema Educacional precisa se informatizar e para que isso aconteça é necessário investir na formação das pessoas envolvidas. Como meio trabalhado é uma instituição escolar, a responsabilidade maior recai sobre o gestor por estar à frente do trabalho, com a missão de, juntamente com sua equipe gestora, alcançar os objetivos almejados.

4) QUESTIONAMENTOS:
Levando em consideração o que foi trabalhado no texto de Vieira, como é possível utilizar a tecnologia como ferramenta auxiliadora da equipe gestora se ainda não há um conhecimento de como essas ferramentas podem ser uteis para a investigação e resolução das dificuldades?